O termo “guaranis” designa um grupo indígena que habita, atualmente, os Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, além de regiões da Bolívia e do Paraguai.

No início do século XVI, quando os conquistadores europeus fizeram os primeiros contatos com os guaranis, sua população possivelmente chegava a dois milhões de pessoas, que ocupavam uma extensa faixa territorial, limitada ao sul e a leste pela atual Bolívia e a faixa central da Argentina; a oeste do litoral sul paulista, até as áreas próximas ao rio da Prata, no Uruguai, abrangendo, assim, um território que englobava todo o sul do Brasil, até o Paraguai e o Uruguai.

O processo colonial fez diminuir drasticamente as populações guaranis e, hoje, os remanescentes vivem em pequenas reservas ou habitam espaços isolados. Apesar disso, mantiveram a unidade cultural e lingüística (o guarani, que faz parte do tronco lingüístico tupi), de costumes e visão sobre o mundo e continuam sendo uma das maiores etnias indígenas do Brasil e da América do Sul.

Somente no Estado de São Paulo, há uma população com aproximadamente 2.200 índios guaranis, distribuídos nos Municípios de Avaí, Cananéia, Itariri, Mongaguá, Pariquera-Açu, Peruíbe, Santos, São Sebastião, São Paulo e Ubatuba.

Agrupadas de acordo com diferenças de dialeto, costumes, orientação religiosa, organização sociopolítica, e formas específicas de interpretar a realidade, as populações guaranis compõem quatro grupos subétnicos: caiouás (kaiowá), chiriguano, embiá (mbyá) e nhandeva (ñandeva).

Fontes: www.cimi.org.br, www.wikipedia.org