Kaingang PDF Imprimir E-mail
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Os caingangues (kaingang) habitam o território que compreende a zona entre o rio Tietê (São Paulo) e o rio Ijuí (norte do Rio Grande do Sul). No século XIV, seus territórios estendiam-se até San Pedro, na Argentina. Atualmente, vivem em cerca de 30 pequenas áreas, distribuídas no seu antigo território, nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e São Paulo, com uma população estimada em 29 mil pessoas, o que os coloca entre os cinco povos indígenas mais populosos do Brasil.

A língua dos caingangues pertence à família lingüística Jê, do tronco Macro-Jê. Sua cultura desenvolveu-se à sombra dos pinheirais (Araucária brasiliensis), árvore comum no Sul/Sudeste brasileiros (praticamente o mesmo território ocupado pelos caingangues). Os únicos grupos fora desse ecossistema são os caingangues paulistas, cujo estabelecimento na região entre o rio Tietê e o rio do Peixe já foi apontado como posterior ao do Paraná, e feita por grupos que transpuseram o rio Paranapanema.

Os caingangues foram alvo de diferentes momentos de expansão das fronteiras econômicas brasileiras. Alguns dos grupos foram missionados por jesuítas no oeste do Paraná e no norte do Rio Grande do Sul, no início do século XVII, mas essas missões não duraram por muito tempo.

Após esse período, foram atingidos, somente no final do século XVIII, por frentes de exploração militar, na região de Guarapuava (PR), quando foram mantidos os primeiros contatos permanentes de uma comunidade portuguesa com um grupo caingangue.

A demarcação de boa parte das terras dos caingangues ocorreu no começo do século XX. Porém, a demarcação não impediu que essas terras fossem invadidas e griladas. O fato gerou conflitos entre os caingangues e os invasores, obrigando a uma mudança em delimitações originalmente feitas pelo Estado, desfavorecendo os índios em diversos casos.

Fontes: www.cimi.org.br, www.wikipedia.org

 
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